Ao passo que o Brasil apresenta filmes interessantes nos quais a temática não é a violência, também produz mais do mesmo. Óbvio que lá em 2004 surgiu um ar fresco em tal gênero, Cidade de Deus, que ousou ao mostrar uma direção impecável de Fernando Meirelles. Mas ultimamente tenho deixado o ufanismo de lado e sendo justo ao avaliar certos filmes nacionais e Querô é a prova de que estou realmente pegando pesado em tal avaliação. Levando quatro prêmios importantes no Festival de Brasília – não sei como – a fita oscila entre o ruim e o péssimo e tal diferença de conceito é introduzida a ela em questão de frações de segundos. Amenizando um pouco minha decepção, digo que o diretor Carlos Cortez até tentou fazer algo inovador, mas a história é a mesma de sempre.
Querô (Maxwell Nascimento) é um garoto abandonado na vida: seu pai é desconhecido e sua mãe foi expulsa do prostíbulo onde trabalhava logo após dar a luz a ele. Maria Luisa Mendonça interpreta esta mãe que logo depois disso morre intoxicada com querosene e Querô acaba sendo criado pela dona do bordel. Entretanto, o menino começa a nutrir um ódio descomunal em sua alma devido aos maus tratos que recebia e logo se torna um projeto de marginal, vivendo de pequenos delitos. Não demora e ele vai para a FEBEN, lugar que será cenário de passagens inesquecíveis e cruéis na vida de Querô. Quando sua raiva chega ao auge, acaba por protagonizar uma rebelião bastante violenta e consegue fugir. Mas nada mais será fácil na vida deste menor-abandonado.
Baseado no livro de Plínio Marcos, o roteiro do próprio Carlos Cortez (pasmem, com colaboração do ótimo Bráulio Mantovani e Luiz Bolognesi) tenta fazer com que enxerguemos Querô como sendo um objeto, ou seja, uma bomba prestes a explodir em meio à violência. A idéia infundada de fazer do garoto, por vezes, um herói, é ridícula e o desfecho um grito desesperado do diretor, já que induz o espectador ao choque e ao choro. E tudo é piorado com uma fotografia horrorosa a qual me incomodou o filme todo por não ser menos que feia.
Ainda nos contras, temos o elenco. Há quem diga que Maxwell Nascimento desempenha um belo papel, mas eu discordo. Mas isso não é culpa dele, uma vez que o suporte que o diretor dá ao elenco é fraquíssimo. Vide as péssimas atuações de Milhem Cortaz e Aílton Graça. O que é pró ao filme?! O trabalho de edição e montagem é bastante interessante, pois mostra imagens distorcidas do passado de Querô durante duras cenas do presente. Mas devo implorar para alguns diretores: parem de tentar chocar o público com filmes que abordem a violência! O que me deixa um pouco aliviado é que parece que nosso candidato a uma vaga no próximo Oscar (Salve Geral) trata de tal tema de maneira mais válida e digna.
Nota: 3,5
Querô (Maxwell Nascimento) é um garoto abandonado na vida: seu pai é desconhecido e sua mãe foi expulsa do prostíbulo onde trabalhava logo após dar a luz a ele. Maria Luisa Mendonça interpreta esta mãe que logo depois disso morre intoxicada com querosene e Querô acaba sendo criado pela dona do bordel. Entretanto, o menino começa a nutrir um ódio descomunal em sua alma devido aos maus tratos que recebia e logo se torna um projeto de marginal, vivendo de pequenos delitos. Não demora e ele vai para a FEBEN, lugar que será cenário de passagens inesquecíveis e cruéis na vida de Querô. Quando sua raiva chega ao auge, acaba por protagonizar uma rebelião bastante violenta e consegue fugir. Mas nada mais será fácil na vida deste menor-abandonado.
Baseado no livro de Plínio Marcos, o roteiro do próprio Carlos Cortez (pasmem, com colaboração do ótimo Bráulio Mantovani e Luiz Bolognesi) tenta fazer com que enxerguemos Querô como sendo um objeto, ou seja, uma bomba prestes a explodir em meio à violência. A idéia infundada de fazer do garoto, por vezes, um herói, é ridícula e o desfecho um grito desesperado do diretor, já que induz o espectador ao choque e ao choro. E tudo é piorado com uma fotografia horrorosa a qual me incomodou o filme todo por não ser menos que feia.
Ainda nos contras, temos o elenco. Há quem diga que Maxwell Nascimento desempenha um belo papel, mas eu discordo. Mas isso não é culpa dele, uma vez que o suporte que o diretor dá ao elenco é fraquíssimo. Vide as péssimas atuações de Milhem Cortaz e Aílton Graça. O que é pró ao filme?! O trabalho de edição e montagem é bastante interessante, pois mostra imagens distorcidas do passado de Querô durante duras cenas do presente. Mas devo implorar para alguns diretores: parem de tentar chocar o público com filmes que abordem a violência! O que me deixa um pouco aliviado é que parece que nosso candidato a uma vaga no próximo Oscar (Salve Geral) trata de tal tema de maneira mais válida e digna.
Nota: 3,5
Informações sobre o filme, clique aqui.
Lembro que estava sendo exibido na televisão e quase parei para assistir, mas não deu. Parece que não perdi nada, né? rsrsrs.
ResponderExcluirBeijos! ;)
Ah, um dia, eu ainda vou compreender o porquê de o Brasil insistir em somente produzir filmes com essa temática. O que quero dizer é que não investem mesmo em filmes de outros gêneros...
ResponderExcluirKauê, te indicamos um selo. Vai lá ver. ;)
Opa!!! Lhe indiquei a um Selo, vejha no Moviemento!!
ResponderExcluirAbraço e parabéns!!!
E ai Kau, quanto tempo não passo aqui, estava realmente sem tempo! Não conhecia esse filme com esse ator que fez Malhação, parece ser bem interessante, Brasil ta evoluindo nesse quesito. E o público também está aceitando nossos filmes, já temos três grandes sucessos só esse ano. Abraço :D
ResponderExcluirThiago
Como vc disse, Kau... ao passo que o Brasil lança obras interessantíssimas tbm lança muito mais do mesmo. O importante é saber que a qualidade técnica dos filmes vem melhorando cada vez mais!!!
ResponderExcluirNão, Kau, Salve Geral é um filme bastante irregular. Quem disse isso sobre o filme?
ResponderExcluirBem, você falou tão mal do filme que fiquei curioso para conferir, e como já estava na lista por ser nacional, não vou mais adiar. Espero não concordar com você. hehe
[]s!
Até q achei esse razoável!
ResponderExcluirAbs! Diego!
Eai Kau, tudo bom? Como é que anda a correria?
ResponderExcluirBem, eu não tive a chance de ver este ainda, mais opiniões que ouvi dividem este como bom ou muito ruim!
Abraço!
Nossa, não aguento mais esses filmes brasileiros que só mostram violência, acho que já deu! Tem tantos outros temas... Não sei quais eram os filmes que estabam concorrendo com Salve Geral, mas, deveria ter algum mais diferente entre eles, ná?! É sempre filmes assim que eles escolhem!
ResponderExcluirAbraço...Há, vou dar um tempo no blogger, quando tiver postando novamente te aviso. Vou comentar aqui mesmo assim, e quando postar algo novo, me dá um toque pelo twitter.
Nunca tive curiosidade em ver esse filme e após seus comentários isso não mudou, hehehe.
ResponderExcluirQuerosene!!! Não gostei também não, apesar de não ter um bom elenco e um diretor inteligente.
ResponderExcluirEmbora o nosso cinema brasileiro esteja a cada dia ganhando personalidade através de produções de todos os tipos para todos os gostos, há obras que parecem funcionar como um retrocesso para este progresso. Já tinha uma noção do que se tratava este "Querô" e por isto não tive interesse de vê-lo até o momento.
ResponderExcluirAs adaptações de textos de Plínio Marcos nunca me satisfizeram. São obras muito fortes, que podem facilmente ficar caricatas na TV ou no cinema. Acho que com esse filme, que não vi, deve acontecer a mesma coisa.
ResponderExcluirAbs!
Nota 3,5? Poxa, desanimou!
ResponderExcluirEu acho que se a premissa do filme for boa - a violencia é valida, se melhor caracterizada. Se for com um proposito.
Quero ver este filme!
ah, este blog eu já sigo e linkei ao meu, viu? abs
Iluminador seu texto. O filme chegou atrasado na locadora onde trabalho mês passado e estava pensando em vê-lo. Ao que parece, nunca verei.
ResponderExcluirNão tenho interesse de ver esse filme!
ResponderExcluirPessoal, obrigado pelos comentários mesmo na minha ausência. Vou tentar voltar à ativa aos poucos! Abraços!
ResponderExcluirPS: obrigado Luis e Ygor pelos selos!