sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um tantinho de Judy Garland...


Explorar a vida de artistas por meio do cinema ou da televisão sempre foi uma constante. Nem sempre essas biografias são sinônimos de bons trabalhos, mas de vez em quando aparecem trabalhos sensacionais. Em 2001 resolveu-se levar as telas da tv uma minissérie sobre a estrela Judy Garland e demorei 6 anos para assistir a este trabalho. Sem firulas digo que a o material resultante é excelente e como fã assumido de Judy, sofri muito enquanto assistia a minissérie, pois sua vida foi muito conturbada mas tudo foi culpa de fatos que ocorreram quando ela ainda muito jovem. Desta forma, esta obra-prima nos apresenta a história de Frances Ethel Gumm (verdadeiro nome da atriz e cantora) de maneira interessante: o auge da sua carreira é constantemente intercalado com seu declínio, já que sua linha da vida é cheia de altos e baixos. Judy é interpretada por duas atrizes, conforme a fase da sua vida. Primeiro pela brilhante Tammy Blanchard (atriz absurdamente esnobada por outro grande trabalho, o sensível filme Bella) e em seguida pela genial Judy Davis. Algumas cenas da minissérie são verdadeiras pérolas da TV, como as que mostram as gravações das obras-primas Agora Seremos Felizes e O Mágico de Oz. Inclusive, o desfecho do material é embalado pela memorável canção “Somewhere Over the Rainbow” e é algo tão mágico e bem feito que as lágrimas caem sem que percebamos.

Nota: 10,0



Informações sobre a minissérie, clique aqui.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A Rainha


Tratar de soberania e política sempre foi uma constante no Cinema. Mas na maioria das vezes um passado nada recente é o que está em pauta. Ou seja, é mais interessante do ponto de vista estético fazer um filme sobre as monarquias de séculos anteriores. Eu sempre gostei de ver um teor político sério em fitas que tratassem deste assunto, mas nem sempre pude ser agraciado. Além disso – e agora mudando de foco – nunca escondi minha admiração pela Princesa de Gales (Diana), independente das suas “peripécias”. Quando soube que iriam recriar o baque resultante após sua morte, eu fiquei com bastante medo. Primeiro por que não conhecia Peter Morgan (o roteirista); e segundo por que Stephen Frears nunca tinha se aventurado num tema tão delicado quanto este. Contudo, lógico que depois de assistir a este The Queen, fiquei impressionando com tudo na película.

Durante os primeiros minutos de A Rainha, o que está em evidência é a esmagadora vitória de Tony Blair (Michael Sheen), que assume, então, o cargo de Primeiro Ministro Britânico. Só que a algazarra ao redor de tal vitória será visivelmente abafada após a bombástica notícia da morte da Princesa de Gales. Quem também acaba ficando em estado de choque com tal acontecimento é a Família Real londrina, e cada “participante” do clã irá digerir de maneira diferente a morte de Diana. O foco do roteiro, entretanto, está na relação complicada entre a Rainha Elizabeth II (Helen Mirren) e o Primeiro Ministro Tony Blair; e vai além: propõe uma luta entre os dois, mesmo que entrelinhas, colocando de um lado a tirana e de outro o político do povo. A tensão entre os dois coloca a Rainha como sendo fria e calculista diante da população londrina, e do mundo. Os diálogos, absurdamente bem escritos por Peter, são de uma força ímpar e durante alguns deles, conseguimos enxergar faíscas as quais podem acender, a qualquer momento, alguma bomba que destruirá a credibilidade ou de Tony, ou da Rainha.

A direção de Stephen é única. Consegue deixar a fita com um ar estritamente político, mas em contrapartida, unicamente humano. E esta humanidade é resultado de um trabalho de elenco genial: Michael Sheen é ótimo, mas Helen Mirren não está menos que visceral. Um tour de force diferente, contido e que nos mostra as várias faces da “celebridade” real britânica. Alexandre Desplat, meu compositor preferido, compõe algo sublime, utilizando acordes pesados, violinos para amaciar o enredo e um ritmo clássico, grandioso. A fotografia de Affonso Beato, indo contra todos, era uma das melhores daquele ano de maneira disparada e os figurinos da minha querida Consolata Boyle são de um charme extraordinário e de acabamentos impecáveis. O que, então, ocorre é o seguinte: na minha humilde opinião, The Queen, era o melhor filme concorrendo ao Oscar em 2007. Um filme que consegue alinhar política com humanidade da forma mais interessante possível.

Nota: 9,5


Informações sobre o filme, clique aqui.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

I'm back!


Saudações amigos e amigas do bom (modéstia à parte) e velho (nem tanto) Bit! Como todos os queridos leitores já sabiam, eu tirei o blog do ar por tempo indeterminado por conta da falta de tempo para atualizá-lo. Entretanto, durante todo o mês de Julho, fiquei tentando arrumar uma maneira de retomar as atividades textuais e expressivas deste sítio virtual. Acabei por decidir - e saibam quem estou radiante de felicidade e morrendo de saudades de todos os leitores - que o Bit, de fato, está de volta! Claro que, infelizmente, não será tão ativo como antes e aproveito para pedir que os senhores e as senhoras se acostumem com o novo estilo do blog. Como assim?! Acredito que um retorno merece inovação e esta pode ser adjetivada com a seguinte palavra: simplicidade. Deixarei as firulas de lado e postarei única e exclusivamente o que me der na cachola. Textos grandes, textos pequenos, comentários sobre músicas, reclamações sobre algum episódio de alguma série, desabafos sobre a previsão do tempo. Minha proposta, de agora em diante, é fazer jus ao nome deste espaço e falar de tudo um pouco mesmo. Não vou me comprometer em postar três ou mais vezes por semana, pois realmente meu horário é inflexível; bem como também não poderei comentar todos os dias nos lindos blogs que acompanho. De qualquer forma, darei o meu melhor! Sejam todos bem-vindos de volta!